Escola Judiciária Eleitoral do TSE realiza debate sobre reforma política com presença de parlamentares

Mesa diretora do Seminário sobre Reforma política organizado pela Escola Judliciária Eleitoral d...

“Não há soluções fáceis e esse debate deve ser permanente”, disse o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ministro Dias Toffoli, sobre a reforma política, tema do seminário que ocorre nesta quinta-feira (10) na sede do Tribunal. O encontro conta com a presença de diversas autoridades da área jurídica e também de parlamentares da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, inclusive os respectivos presidentes Eduardo Cunha e Renan Calheiros.

Durante a abertura do evento, o ministro destacou a coragem dos dirigentes das Casas Legislativas por terem colocado o tema em votação no Congresso, uma vez que o assunto aguardava para ser analisado há mais de uma década. “Nós temos um quadro em que, pelo menos, há como saber tendências, o que cada um pensa, e assim também futuramente. Se essa reforma não foi a ideal, não foi a perfeita ainda porque não houve voto suficiente, é importante continuar pensando e repensando esse sistema”, ponderou Toffoli.

Ele salientou o “imenso diálogo” que o Congresso Nacional manteve não só com a Presidência do TSE mas com todos os ministros da Corte e do Poder Judiciário, na discussão do tema, assim como os relatores da reforma e todos os parlamentares que ouviram as opiniões dos integrantes da Justiça Eleitoral.

Entre os tópicos que o ministro apontou como dificuldades estruturais do atual sistema político e que necessitam de debates urgentes está a criação de novos partidos políticos. Necessário, segundo ele, pensar o que significa os partidos hoje. Para o ministro, se não houver reforma nesse ponto, serão 513 partidos, “porque cada parlamentar vai querer ser um partido”. Ele lembrou que já são 32 legendas registradas no TSE e outras seis estão com pedido de registro em andamento. “A dificuldade estrutural do sistema político eleitoral brasileiro vai sempre demonstrar essa instabilidade ou crise institucional permanente. Essa é a grande questão que temos que colocar à mesa e discutir”, disse.

O presidente do TSE falou ainda sobre o financiamento de campanhas e lembrou que votou pela proibição das doações por empresas durante o julgamento da ADI 4650, no Supremo Tribunal Federal (STF).

Escola Judiciária Eleitoral

O seminário é organizado pela Escola Judiciária Eleitoral (EJE) do TSE, instituição dirigida pelo ministro João Otávio de Noronha, e busca promover o diálogo entre especialistas, juristas e políticos sobre as principais propostas de mudança na organização política e eleitoral do Brasil, que tramitam no Congresso Nacional.

Ao saudar os participantes, o diretor da EJE/TSE destacou que a reforma política é o tema mais palpitante nos últimos tempos no Congresso Nacional. “Não só palpitante, mas também, deveras importante pelo momento em que vivemos. Sabemos todos nós que há um grande e forte anseio por reformas. E essa reforma se dá agora no campo político como uma necessidade de modernização das instituições e, sobretudo, uma modernização para que o país continue seguindo o trajeto democrático com uma democracia ampla, participativa e representativa”, afirmou o ministro Noronha.

Reforma aprovada

O deputado Eduardo Cunha informou que o texto da reforma política foi aprovado ontem (9) na Câmara dos Deputados e deve ser enviado ainda nesta quinta-feira para a sanção da Presidência da República. “Nós corremos para concluir a votação para que possa ser permitida a sanção a tempo de ter alteração válida para a próxima eleição, em 2016”, informou.

Ele lembrou que as discussões começaram desde o início do ano e resultaram na aprovação de um texto final que, entre outras modificações, diminui o tempo e o custo das campanhas políticas, reduz o prazo de filiação partidária para seis meses e estabelece limites e regras mais rígidas para o financiamento das campanhas. “Debates como esse são importantes para aprimorar a nossa democracia. A nossa representação tem que expressar a vontade popular e é isso que em última instância nós temos que buscar”, finalizou.

Já o senador Renan Calheiros ressaltou que o diálogo com a Justiça Eleitoral é importante porque o tema reforma política mobiliza o Congresso Nacional, mas certamente desaguará no TSE. Portanto, “necessário buscar consenso para que tenhamos uma tramitação célere”, declarou.

Ibrade e OAB

Ex-presidente do TSE e presidente do Instituto Brasileiro de Direito Eleitoral (Ibrade), Sepúlveda Pertence citou Juscelino Kubitschek ao dizer que “reforma política na democracia é uma tarefa quase impossível porque será feita pelos vencedores da última eleição. E o vitorioso não muda de método”.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado Coêlho, elogiou a iniciativa da Justiça Eleitoral em discutir o assunto e afirmou que não há um sistema político eleitoral perfeito e que ninguém pode, em nenhum lugar do mundo, dizer que o seu sistema político eleitoral é o mais adequado. “Esse seminário é fundamental para promover o debate e para que possamos apontar os caminhos”, disse.

Fonte: Reprodução de matéria do TSE

Participação do TRE-BA

O Juiz Marcelo Junqueira Ayres Filho, representando a Corte, e a Juíza Fabiana Andréa de Almeida Oliveira Pellegrino, diretora da Escola Judiciária Eleitoral da Bahia (EJE-BA), participaram, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do Seminário de Reforma Política com especialistas, juristas e políticos sobre os principais pontos do projeto da minirreforma eleitoral, como financiamento de campanha, voto facultativo, reeleição, duração dos mandatos, unificação das eleições, sistemas eleitorais, coligações, fidelidade partidária e participação da mulher na política.

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