Especial Mulher - Eleitoras baianas destacam a importância da representatividade e da participação da mulher na política

Maioria do eleitorado baiano, mulheres falam como buscam contribuir para ampliação da consciência feminina quanto à importância do voto

Eleitoras baianas destacam a importância da representatividade e da participação da mulher na po...

Na Bahia, o eleitorado é composto majoritariamente por mulheres. Conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dos 11.291.528 de eleitores aptos ao voto no estado, as mulheres são 5.927.765 de votantes, o que representa 52% dos eleitores baianos.Quanto à faixa etária, a maior parte das eleitoras na Bahia têm de 35 a 39 anos, o que corresponde a 10,9%. Logo em seguida, aparecem as eleitoras com idade entre 40 e 44 anos, o que representa 10.7% das eleitoras. Já aquelas na faixa dos 30 a 34 anos, equivalem a 9,7% das votantes, sendo 576.662 mulheres. 

No que diz respeito ao grau de instrução, 1.729.552 eleitoras possuem Ensino Médio completo, o que representa 29,2% do total das votantes no estado. Em seguida, aparecem as eleitoras com Ensino Fundamental incompleto, elas representam 20,2%, ou seja, somam 1.195.199 de eleitoras. Já 9,6% das eleitoras possuem Ensino Superior completo. Sobre o estado civil, 3.799.955 (64.1%) são solteiras e 1.682.709 (28,4%) delas são casadas. 

Para marcar o mês das mulheres, o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia ouviu pessoas do gênero feminino, como forma de valorizar as vozes femininas e entender como esse público que ocupa um número expressivo no perfil do eleitorado pensa a respeito do voto. 

Para a estudante Louise Tavares, de 30 anos, eleitora da cidade de Juazeiro, Norte da Bahia, “o voto das mulheres é uma forma de dar voz às nossas lutas”, afirma. Ela faz parte das quase 6 milhões de mulheres inseridas no universo dos 11 milhões de cidadãos e cidadãs que integram o eleitorado baiano. 

Consciente da baixa representatividade feminina nos cargos eletivos, apesar de serem maioria entre os eleitores, Louise diz que busca incentivar outras mulheres a votarem com mais consciência. “Somos a maioria em uma sociedade marcada pelo machismo. Acredito que o meu voto pode melhorar a minha realidade e a realidade das pessoas que me cercam, por entender a importância da democracia e da conquista que o voto representa. Tenho isso como um compromisso enquanto cidadã”, relatou. 

Perfil das eleitoras baianas 

A busca pelo aumento da representatividade das mulheres na política também é um dos motivadores citados pela consultora de moda e imagem, Kika Maia, 46 anos, residente na cidade de Salvador: “Acredito que o Estado só se fará democrático verdadeiramente quando tivermos diversidade e real representatividade nos espaços de poder. Só as mulheres sabem suas demandas e necessidades, por isso é importante também votarmos em mulheres de todas as etnias, classes, religiões, com ou sem deficiência. Enfim, mulheres de todos os tipos”, considera Kika. 

Foi a busca por representatividade que também motivou a estudante Larissa Carvalho, de apenas 17 anos, às urnas nas Eleições Gerais de 2022. “Voto por uma mudança política e social que sei que só poderemos alcançar com representantes mais inclusivos em relação ao papel da mulher nas diversas camadas da sociedade”, diz a estudante. Larissa integra um grupo de 58.929 jovens eleitores da Bahia que, no último pleito, estrearam nas urnas. 

Nice Ramos, 73 anos, faz parte dos 3,9% de eleitoras da Bahia na faixa dos 70 aos 74 anos. Apesar de não integrar mais o grupo em que o voto é obrigatório, a dona de casa, residente no bairro de Pernambués, em Salvador, diz que faz questão de votar: “Todo mundo tem o direito de escolher o que quer. Enquanto eu puder ir votar, eu vou”, garante Nice. 

A mediadora cultural Rany Souza, de 35 anos, eleitora do município de Ilhéus, diz que o exercício do voto é a única forma de lutar por melhorias sociais. Para ela, homens e mulheres precisam pensar o voto como mecanismo de mudança que possa gerar impactos positivos em toda sociedade. “Voto buscando por representantes que possam oferecer programas que garantam direitos para toda a sociedade. Busco escolher por aqueles que demonstram ser conscientes em relação às diferentes necessidades da população e que apresentem propostas baseadas em equidade de gêneros, etnias, grupos menos favorecidos economicamente, idosos, deficientes, crianças e vítimas de violência, provocadas por crimes das mais diversas naturezas”. 

Desafios e busca por representatividade

Passados 91 anos da conquista do voto feminino -completados no último dia 24 de fevereiro - ainda existem muitos desafios para as mulheres, principalmente quando o assunto é representatividade. Apesar de ocuparem a maior parcela de votantes - não só na Bahia, mas em todo o Brasil - elas ainda são minoria nos cargos eletivos. No país, elas são 82.373.164 de eleitoras, o que representa 52% de todo eleitorado brasileiro.

No entanto, nas últimas eleições, em 2022, as mulheres alcançaram, nacionalmente, menos de 20% dos cargos políticos. O percentual demonstra que ainda existe um grande desafio para consolidar a igualdade de gênero nos cargos eletivos e garantir a representatividade necessária às mulheres na política. 

A doutora em Ciências Sociais, Raquel Carvalho, explica que a reivindicação pelo voto feminino já era uma demanda política antiga. O primeiro partido político feminino foi criado em 1920. Esses movimentos foram essenciais na conquista do direito político: “Foi a primeira vez no Brasil que as mulheres puderam votar e ser votadas. No entanto, neste período só poderiam participar mulheres casadas e com autorização do marido. A participação de mulheres solteiras e viúvas só poderia ocorrer caso tivessem renda própria”, conta Raquel. 

Sobre esse histórico, Ísis Castro, 33 anos - eleitora da cidade de Jequié, Sudoeste da Bahia - reflete que: “Historicamente e cotidianamente, nós mulheres, sofremos com um sistema político patriarcal e machista. Logo, a nossa participação na democracia, tanto como eleitoras, como candidatas a cargos políticos é de suma importância, pois, se queremos mudanças, precisamos participar diretamente de todas as vertentes do processo político democrático”, diz. Para Ísis, a conquista do voto feminino já é, por si só, um bom motivo para participar de uma eleição e passar a ocupar espaços de representatividade. 

Ascom TRE-BA; EG

Pra cego ver: card com fundo branco, mapa do Brasil na cor verde com a frese em branco: JE em números, especial Mulher, perfil do eleitorado, ao lado a imagem de uma urna eletrônica e logomarca da do TRE-BA. 

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