O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) realizou, nos dias 01, 03 e 04 de dezembro (segunda, quarta e quinta-feira, respectivamente) uma programação especial para o encerramento das atividades institucionais de 2025, voltadas aos(às) servidores(as). As atividades, desenvolvidas no edifício-sede do Regional pela Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP), por meio da Coordenadoria de Educação e Desenvolvimento (COEDE) e da Seção de Desenvolvimento Organizacional (SEDES), englobaram uma apresentação musical e uma feira de artesanato.

No primeiro dia do evento, no período da manhã, a Sala de Sessões do TRE-BA foi palco para um bate-papo inter-religioso com representantes de diversas tradições espirituais. Os participantes discutiram a temática “O poder da bondade: como a benevolência pode promover a paz e a harmonia”.  

De acordo com Manoela Farhá, coordenadora da COEDE, o objetivo do diálogo entre as diversas religiões foi levar reflexões sobre espiritualidade e valores humanos para o ambiente de trabalho, mostrando que práticas como a bondade podem transformar relações e o cotidiano profissional.  “Não é necessário seguir uma religião para exercitar a benevolência. Pensar em ser bom e em ser benevolente é pensar sobre o que isso pode proporcionar para nós, enquanto pessoas, e o que isso gera ao nosso redor", destacou.

Confira aqui as fotos do evento

Reflexões sobre bondade e convivência 

Durante a conversa, os convidados inter-religiosos ressaltaram que, embora cada religião tenha visão própria, todas convergem em valores como respeito, acolhimento, empatia e responsabilidade coletiva.

O Sheikh Ahmad, da religião islâmica, lembrou que o fim do ano inspira reflexão e renovação espiritual, reforçando a saudação do islamismo de paz: “As-salamu alaikum, que significa ‘Que a paz esteja com vocês’”, pontuou.

Para Goreth Dunningham, da religião indiana - Brahma Kumaris - , é necessário cultivar virtudes como paz, amor e bondade por meio da consciência da alma. “Ela observou que “Vivemos num mundo em que a palavra bondade está fora de moda. Ser bondoso é uma eterna construção e evolução espiritual. Esse processo é contínuo”, afirmou. 

Representando a Umbanda, Pai Raimundo de Xangô salientou que o respeito às diferenças é fundamental, embora desafiador. “A partir do momento em que respeitamos o modo de vestir, a sexualidade e o agir do outro, a bondade vem automaticamente”, disse.

Ìyá Márcia d’Ogun, líder candomblecista,  lembrou que os terreiros já praticam diariamente o acolhimento e a bondade. “Fazer o bem sem olhar a quem é prática cotidiana. Precisamos praticar constantemente atitudes benevolentes para termos dias de paz”, afirmou.

No momento do debate, o espírita, José Medrado, trouxe a ideia dos pequenos gestos cotidianos, explicando que a bondade não exige destaque ou grande visibilidade. “Ser empático e emanar empatia é o centro da questão, não importa se estamos sentados na primeira ou na última fileira”, refletiu.

A pastora evangélica, Camila Oliver, comentou sobre o poder reconciliador das atitudes benevolentes. “A bondade é responsável por desarmar conflitos e destruir muros”, frisou. 

Finalizando o encontro, o padre, Lázaro Muniz, chamou atenção dizendo que a bondade é transformadora e profundamente curativa, apesar de muitas vezes ser vista como fraqueza pelo mundo. “Falar sobre bondade é olhar para dentro de nós, observar como está o nosso coração. Ela cura feridas profundas e nos aproxima de Deus. No fim das contas, a bondade é entre você e Deus: seja bom. Quem semeia bondade, colhe bondade”, observou.

A manhã do dia 01 também foi embalada por uma apresentação especial do Coral do TRE-BA, composto por 17 integrantes de diferentes setores do Tribunal. Na ocasião, o grupo cantou músicas natalinas.

Feirinha e música

Na quarta (03) e na quinta (04), a programação seguiu com a Feirinha Livre, realizada das 9h às 14h, no espaço em frente ao auditório do prédio principal do Eleitoral. A ação reuniu servidores(as), familiares e empreendedores(as) convidados(as), que puderam expor e comercializar uma variedade de produtos, incluindo artesanato, acessórios, itens naturais, vestuário e artigos para casa.

Entre os expositores estava Keila Larissa Katz Villa Flor, estudante de Ciências Contábeis e criadora da marca Natu Geleia. Ela comentou sobre a oportunidade de estar divulgando os produtos. “Empreender é difícil, especialmente chegar até o consumidor final. Essas feiras abrem portas para quem está começando. Foi uma surpresa muito feliz participar”, afirmou. 

Encerrando a programação, o cantor Alexandre Leão foi responsável por animar o público. Na Sala de Sessões, ele interpretou sucessos do Axé Music, cantando clássicos, como “É D’Oxum”, de Gerônimo Santana, “Vumbora Amar” e “Menina Me dá Seu Amor”, ambos da banda Chiclete com Banana, “Várias Queixas”, dos Gilsons, “Inventando Moda”, de Magary Lord, “Faraó”, de Margareth Menezes, além de outras canções consagradas no ritmo  baiano.

O artista destacou a receptividade do público e a energia do evento, o que proporcionou ao cantor ampliar a apresentação com a participação de praticamente toda a banda. “Fiquei muito feliz hoje aqui. A princípio, o show ia ser um pocket, mas, quando percebi que o público estava animado para celebrar o fim de ano, trouxe quase a banda completa. Foi uma decisão acertada, porque a participação das pessoas foi ótima, com simpatia, animação e astral maravilhoso”, afirmou Leão.

No show, a secretária-geral da Presidência, Maria do Socorro Carvalho, foi surpreendida e convidada a cantar no palco. “Eu não esperava cantar, mas como gosto muito de participar dos eventos e confraternizações, finalizar com o show de Alexandre Leão, que é um artista fantástico, torna esse momento ainda mais especial. Para mim, estar nos palcos é sempre uma grande alegria", destacou a servidora, que também é atriz.

Para a estagiária, Erminda Rocha, da Seção de Recrutamento, Seleção e Desempenho (SEREDE) a apresentação de de Alexandre Leão proporcionou um contato direto com a cultura musical da cidade, valorizando a identidade soteropolitana e reforçando a importância das tradições locais. “Foi uma experiência muito especial. Fiquei encantada em conhecer mais de perto o trabalho do artista e ouvir ao vivo obras que fazem parte da nossa herança cultural. Foi um momento de valorização da música e da identidade de Salvador”, afirmou.

Pra todos verem: A imagem retrata duas fotos. Do lado esquerdo, há seis pessoas, sendo três mulheres e três homens, representantes de diversas religiões. Do lado direito, há uma feira com exposição de artigos de artesanato. Há pessoas em pé e sentadas olhando os objetos (roupas, bijuterias, perfumes, alimentos etc).