Juiz Salomão Viana é lembrado pela oratória em despedida do TRE
Em sessão solene, o magistrado foi homenageado com a Medalha do Mérito Eleitoral da Bahia com Palma. A cerimônia foi também a de despedida do juiz Carlos D’Ávila
30/09/2011 17:30
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Atualizado em 12/08/2022 18:18
| Cercado por esposa, filhos e lembrado como homem de oratória eloquente, se despediu do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA), na noite desta quarta-feira (28/9), o juiz Luiz Salomão Amaral Viana. O magistrado sai depois de cumprir biênio como membro da Corte Eleitoral pela classe dos juízes federais. Na sessão solene, iniciada por volta das 17h30, na Sala de Sessões do Tribunal, foi realizada também a despedida do juiz Carlos D’Ávila Teixeira, suplente de Salomão. No ato, Salomão foi agraciado com a Medalha do Mérito Eleitoral da Bahia com Palma (foto), concedida às personalidades que contribuem, destacadamente, para o engrandecimento, eficiência e respeitabilidade da Justiça Eleitoral do Estado e do País. Dentre as homenagens e elogios rendidos ao magistrado, chamou atenção o pronunciamento da servidora Cicelina Rodrigues Padre, da Assessoria do Gabinete dos Juízes do TRE. Após discurso emocionado, a funcionária entregou à Salomão cópia de seu Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) de Direito, em que abordou a natureza jurídica da inelegibilidade partindo do debate da aplicação da Lei Complementar 135/2010 (a Lei da Ficha Limpa). Cicé, como é mais conhecida no Tribunal, levou nota dez com louvor na monografia e conta que, mesmo sem saber, o magistrado foi seu professor. “Da minha sala escuto todas as sessões. Eu estava indecisa. Quando ele [juiz Salomão] começou a debater, a levantar questionamentos sobre o tema, me inspirou. A partir dele comecei a construir a minha monografia”, explicou a servidora, pontuando ainda que o trabalho foi orientado por ex-aluno de Salomão. Professor O tom professoral e veemente com que o juiz costuma fazer suas argumentações foi também lembrado pelos seus pares na Corte, além de ser mencionado pelo procurador Regional Eleitoral, Sidney Madruga, e por representante dos advogados que atuam junto a Justiça Eleitoral. Em discurso, o juiz Salomão defendeu a moralização da política brasileira, chamando a atenção para o papel do Judiciário e a necessidade de “vergonha” entre governantes e homens do País. “Os indivíduos sem vergonha não são donos de si, são escravos, são sombras. A contribuição para a paz social que a Justiça Eleitoral deve dar não é só competência técnica, é vergonha e entusiasmo”, explanou. Além da formação em Direito pela Universidade Católica do Salvador (Ucsal), em 1987, Salomão também graduou-se em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (1985), instituição onde desde 1995 atua como professor pela Faculdade de Direito. Especialista em Direito Processual Civil, é juiz pela 4ª Vara Civil da Justiça Federal na Bahia, já tendo atuado como juiz de Direito e advogado. Presentes Compareceram à despedida, o vice-prefeito de Salvador, Edvaldo Brito, a presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região, desembargadora Ana Lúcia Bezerra, o desembargador Eserval Rocha, ex-membro do TRE, além da diretora do Fórum da Justiça Federal, desembargadora Cynthia de Araújo Lima Lopes. O evento contou também com a presença do professor Thomas Bacelar, diretor da Faculdade de Direito da Ucsal. |
03m 58s de leitura
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