Novembro Negro: Bárbara Carine ministra palestra no TRE-BA sobre enfrentamento ao racismo institucional

Ação marca os esforços do Tribunal na disseminação da cultura antirrascista

Novembro Negro: Bárbara Carine ministra palestra no TRE-BA sobre enfrentamento ao racismo instit...

Em referência ao Dia da Consciência Negra,  o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) promoveu uma palestra sobre o enfrentamento ao racismo institucional como via de segurança psicológica, ministrada pela professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), escritora e influenciadora Bárbara Carine. O evento reuniu, nesta quarta-feira (19), integrantes do Tribunal, na Sala de Sessões, e foi transmitido para servidores(as) lotados(as) no interior do estado.

Veja registros do evento: Palestra Bárbara Carine

Realizada pela Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP), Coordenadoria de Educação e Desenvolvimento (COEDE) e  Seção de Desenvolvimento Organizacional (SEDES), a ação integra o Programa de Qualidade de Vida no Trabalho do TRE-BA. 

À frente da COEDE, a servidora, Manoela Moraes, explicou que a iniciativa teve o objetivo de potencializar as discussões relacionadas ao Novembro Negro, alinhada a diversas outras atividades desenvolvidas pelo Eleitoral na busca pela equidade racial.   Moraes destacou ainda que é importante a realização de ações educativas de forma contínua  para toda a organização sobre a conjuntura do racismo institucional.

“A gente precisa capacitar, fazer um trabalho educativo com todas as pessoas que trabalham aqui sobre o letramento racial e sobre a identificação de práticas discriminatórias, pois assim, podemos combater e enfrentar o racismo institucional. Então, é preciso entender como ele funciona, qual a estrutura, como é que ele atua, para que tenhamos condições de fazer esse enfrentamento”, comentou.

Do racismo científico ao institucional 

Durante o encontro, a professora Bárbara Carine tratou de vários conceitos relacionados à consolidação do racismo enquanto um fenômeno social. Um dos enfoques foi a explicação sobre a perpetuação da lógica de diferenciação racial por cientistas, em determinado momento histórico, que ‘tirava’ a racionalidade do povo negro, gerando um longo processo de exclusão e exploração, o que culmina na diferenciação social dessas pessoas nos espaços das instituições. 

“A partir da raça construiu-se o racismo estrutural, porque ele estrutura todos os complexos sociais e está presente dentro das instituições profissionais. Por isso, ele é também institucional”, explicou a influenciadora.

Segurança psicológica das pessoas negras

A palestrante falou também do mito da democracia racial que dissemina a falsa ideia de uma harmonia entre as raças no Brasil, explicou o conceito de branquitude como um sistema de manutenção dos privilégios para o grupo com fenótipo branco e defendeu a construção de um plano de ação para garantir a segurança psicológica das pessoas negras nos espaços profissionais. 

“Quando se fala na  segurança psicológica de pessoas negras, significa que os espaços institucionais racistas adoecem psicologicamente as pessoas negras. É isso que a gente está dizendo. Então, ter essa abertura para discutir esse assunto institucionalmente e com tantas pessoas é um avanço significativo desse processo”, pontuou a escritora.

Reflexões sobre a palestra

Rita de Cássia, chefe de cartório da 5ª Zona Eleitoral, participou da atividade e compartilhou com os participantes a experiência de desconstrução que teve para poder entender a diferença entre mérito e meritocracia. O sucesso da trajetória da servidora, enfrentando diversos marcadores sociais, a fez achar que todas as pessoas estão aptas ao mesmo caminho, até buscar o letramento racial.  “A meritocracia também nos foi imposta. Não é só querer!”, refletiu.

Anaquele Sena, Coordenadora de Finanças e Contabilidade, afirmou que os temas trabalhados na palestra devem ser abordados em todos os espaços, pois as minorias precisam ser ouvidas. “Eu gostei da explanação e acredito também que a consciência negra não é só amanhã, mas é um movimento diário. Sinto-me muito bem em ver as mulheres negras aqui do Tribunal. Acho que é de uma representatividade imensa. Fico feliz em fazer parte desse grupo!”, acrescentou.

Pra todos verem: a foto mostra um auditório com várias pessoas sentadas em cadeiras voltadas para um palco. No palco, uma mulher está em pé, falando ao microfone. Ela veste um vestido amarelo com padrões geométricos escuros e usa tênis brancos. Ao fundo, bandeiras estão dispostas, há um púlpito e um telão.

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