#8M: Justiça Eleitoral baiana valoriza a representatividade feminina

No Dia Internacional da Mulher, o TRE-BA ouve magistrada, secretárias, servidoras e auxiliares para reforçar a importância da participação de mulheres na justiça responsável pelas eleições

Sério Feminino em nós
Pra Cego Ver: Card de exibição com fundo preto e cores neutras na lateral do lado esquerdo e embaixo; No meio de cima para baixo escrito: SÉRIE, O FEMININO EM NÓS, Uma realização da Comissão de Participação Feminina; No canto inferior do lado direito, a logomarca do TRE.

No Dia Internacional da Mulher, o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) celebra a diversidade a partir de falas femininas. O estado que vive o desafio de superar o desequilíbrio entre maioria de eleitoras e minoria de eleitas, tem um TRE composto por mulheres nas mais diversas áreas, e que atuam para garantir a prestação de um serviço cuja essência é fortalecer a democracia.

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Para a desembargadora eleitoral Zandra Parada, que integra a corte desde 2020, mulheres podem e devem ocupar todos os espaços que desejarem. Presidente da Comissão de Participação Feminina do TRE-BA, ela escutou, no início da carreira, questionamentos como quem ia ficar com os filhos quando fosse morar no interior. “Eu respondia: deixa eu passar primeiro, depois a gente vê”, ri a juíza, aos 33 anos de magistratura, filhos criados e em um cenário atual de conquistas.

Ao falar para outras mulheres, Zandra defende que confiem no potencial de cada uma, sem cair na armadilha de achar que devem ser super mães ou super mulheres. “Que cada uma seja apenas quem é, confiante, sem receio e sem deixar que terceiros a limitem”.

A secretária-geral da presidência, Thais Habib, servidora do quadro do Tribunal há 26 anos, destaca que um diferencial do TRE-BA é justamente ter a contribuição efetiva de mulheres, nos mais diversos cargos da Administração, com repertórios tão distintos. Thais relata que, ao longo de sua trajetória, teve referências marcantes de mulheres fortes, colegas, das quais se orgulha com gratidão, a exemplo das servidoras aposentdas Nair América e Lindinalva Souza.

Segundo Thais, o ambiente de trabalho construído no órgão eleitoral é favorável e valoriza o potencial feminino. “A despeito de ainda existir muita desigualdade a ser desfeita na nossa sociedade, podemos reconhecer avanços importantes que permitiram a valorização da sensibilidade e assertividade femininas. Não queremos ser melhores do que os homens, apenas iguais em respeito e dignidade.”

Em uma sociedade estruturalmente machista, mulheres ainda podem se sentir limitadas, especialmente quando se trata de ocupar cargos estratégicos, observa a secretária judiciária remota do 1º grau de jurisdição, Hercília Boaventura. “Precisamos nos apoiar e reconhecer o nosso esforço diário e ver que podemos estar em lugares de liderança e representatividade, inclusive gerenciando desafios de forma mais leve, com mais empatia, como costumamos ser”.

Destaque nacional

Às vezes, a inspiração começa em casa. A secretária de gestão de pessoas Luciana Fonseca entendeu que teria uma carreira ao ver a mãe, dona de casa, voltar a atuar como professora para sustentar os filhos, aos 45 anos de idade. “Todo dia acordo com a certeza de que vou fazer o meu melhor, para que tenhamos uma sociedade melhor também”, afirma. Para a titular da SGP, a boa prestação do serviço público demanda um recorte de gênero. “Mulheres são fortes, corajosas, multidisciplinares”.

A analista judiciária Valéria Braga observa que o TRE-BA tem ambiente propício para que mulheres façam carreira depois do concurso público. Foi assim com ela, que passou a integrar a assessoria de desembargadores em 2007. Seu trabalho exige constante atualização, para acompanhar a jurisprudência do Tribunal de Justiça e apoiar os juízes eleitorais. “No período eleitoral, como agora, com mais trabalho, menos prazo e mais pressão, vejo o quanto mulheres são essenciais em suas competências e na tranquilidade com que lidam com os desafios”.

Desde que ingressou no Tribunal, há 30 anos, a secretária judiciária Marta Gavazza vê o reconhecimento de mulheres nos quadros do Eleitoral baiano. Lotada inicialmente na Secretaria de Gestão de Pessoas, Marta enfatiza que trabalha com o que gosta e no que acredita, principalmente pelo impacto positivo do TRE-BA para a sociedade. “É uma honra fazer parte de um quadro de servidoras e servidores tão comprometidos e cuja prestação jurisdicional são destaque no país”.

Para a secretária de orçamento e finanças, Carla Lustosa, estar em maioria na prestação de serviço de excelência já é uma realidade. Este setor, do qual faz parte desde 2004, depois de 8 anos de TRE-BA, tem uma equipe majoritariamente feminina, responsável por trabalhar com números e projeções voltadas para a realidade econômica. “Temos conseguido fazer trabalhos inovadores na gestão orçamentária e financeira, integrando diversas áreas do Tribunal, a partir de um olhar mais sensível e que valoriza a intuição. É a intuição, aliás, o que sempre devemos escutar para saber quando recuar ou ir adiante. E nós, mulheres, estamos muito atentas a essa escuta”.

Linha de frente

Valorizar a presença feminina em espaços de liderança e gestão é tão importante quanto reconhecer a importância da atuação de mulheres em todos os setores do Tribunal. Quando o público chega à sede do órgão, em Salvador, é recebido por Iolanda Silva. A recepcionista entrou no TRE-BA em 1998, quando o prédio estava sendo inaugurado. Em 24 anos, ela já fez parte dos serviços gerais e da copa, até chegar à linha de frente do Tribunal, onde com pessoas de todos os humores.
Para Iolanda, ser mulher é ter responsabilidade. “A gente é corajosa. Ser mulher é não desistir, porque vivemos num mundo ainda de tantos preconceitos, então a gente levanta a cabeça, prossegue e mantém o foco em nossos objetivos, naquilo que queremos”.

A garçonete Bruna Ribeiro aproveita o Dia 8 de março para desfazer uma ideia que está na base do machismo. “Passamos muito tempo achando que a gente era sexo frágil e estamos vendo hoje que é justamente o contrário”. Responsável por fazer e servir os cafés na sede do TRE-BA, Bruna chegou há quatro anos e no início se sentia perdida, com tantas salas e garrafas. Hoje, administra o trabalho com desenvoltura e ainda é conhecida por ser uma mãe dedicada. “Não temos outra opção a não ser sermos fortes, por tudo o que vivemos. E quer saber? Nós somos”.

Força inclui coragem para demonstrar sentimentos difíceis e lidar com isso junto com todo o resto. Os olhos de Deuzuita do Rosário, agente de limpeza, ficam marejados ao definir que ser mulher vem com ganhos e perdas: “Ser mulher representa os meus filhos, a minha mãe e a minha avó, de quem eu sinto tanta falta”. Há 24 anos no TRE-BA, Deuzuita define sua atuação com simplicidade e firmeza. “Quero viver e fazer bem o meu trabalho, sendo respeitada como mulher, respeitada do jeito que eu sou”.

Matéria: ASCOM TRE-BA
Jornalista Responsável: Carla Bittencourt

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